
Wllys de Castro, por exemplo, fez tantos projetos e tão diferentes entre si e em cada um ele explorou ao máximo suas habilidades e inovou sempre. As vezes não é possível imaginar que a mesma pessoa que fez todos aqueles projetos de Pluriobjetos (com um propósito muito interessante de misturar planos bi e tridimensional e intrigar o olho humano) fez também aquelas curiosas estampas para a coleção da Rhoda de 1967, com tantas cores e o próprio “psicodelismo” característico da época mas que choca por sua genialidade. Até mesmo os poemas neoconcretos tão bem bolados que, embora pareçam simples são muito mais complexos e “bem pensados” do que possam parecer (até porque a própria tradução de poemas é complicada ao extremo).
Se for para falar de impressões pessoais a respeito da exposição, não nego que Willys de Castro me impressionou muito mais que Amilicar. Não que este não tenha feito trabalhos inovadores, porém, ele estava muito mais voltado para a arquitetura e o jornalismo. Acho maravilhosos os trabalhos que ele fez para o Caderno de Resenhas, porém, o trabalho dele não me impressionou tanto quanto o de Willys. Tanto as estampas quanto as telas e esculturas me chocaram muito mais e chamaram a minha atenção e principalmente as poesias dele me surpreenderam e cativaram. Ver essa exposição me fez perceber (ou melhor, dizendo, reforçar a idéia) que todos os tipos de expressão artística andam de mãos dadas e, inclusive a moda, marcam épocas e impactam de maneiras diferentes. Uma pessoa não precisa se fixar em apenas um tipo de arte, pode também se aventurar pelos diferentes caminhos da arte e mostrar coisas novas em mais de um aspecto artístico. Moda, comunicação, arquitetura e arte estão completamente interligados. Um não viveria sem o outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário